terça-feira, 27 de agosto de 2013

AS CRISES DE IDADE


Na infância, na adolescência, na maturidade e na velhice caminhamos para a finitude, não importam as nossas características genéticas, biológicas ou sociais. As pesquisas científicas para decifrar o genoma humano, embora já tenham chegado a resultados auspiciosos, dentro de alguns anos ampliarão ainda mais os conhecimentos da medicina, livrando o homem de males até hoje incuráveis.
Todavia, aparentando ou não a idade, saudáveis, não estaremos livres de uma vida encurtada por um acidente imprevisto, como desastre de automóvel, de avião ou um homicídio. Rumamos inexoravelmente para o mesmo desfecho - a velhice e a morte.
Trata-se, assim, de termos consciência do que seja sair da maturidade e entrar na velhice, da aproximação do fim. Na medida em que compreendermos o que significa essa passagem e tivermos noção de como a sociedade vai nos tratar quando ficarmos idosos, estaremos mais capacitados a enfrentar as novas condições de vida adversas com sabedoria, sem a intolerância, a ansiedade e a irritação que nos mortificam quando nos defrontamos com a nova era.
Esta percepção é mais comum nos homens do que nas mulheres, alvo precoce dos primeiros sinais de envelhecimento. Uns e outras, entretanto, cada qual a seu modo, sofrem bastante com a crise de idade, que em geral acomete a mulher aos 30 anos, aos 40 aos 50; e ao homem, aos 40, aos 50 e aos 60 anos.
E para nos livrarmos dessa crise, que a todos nós atinge, só há um caminho: buscarmos em nós e fora de nós os meios que suavizem suas amargas reações.
As crises da idade variam, de pessoa para pessoa, mas a verdade é que todos as sentem, em maior ou menor grau. Entretanto, não nos parecem surtir tanto efeito se racionalizadas convenientemente.
Assim pensa também a psicanalista e jornalista Halina Grinberg. Disse ela, numa entrevista de televisão: "Em primeiro lugar, devemos perceber que a palavra crise significa, na verdade, uma perspectiva de reestruturação. Realmente, esses números redondos, como os 30, os 40 ou 50 anos, fazem com que as pessoas fiquem mais suscetíveis a estas avaliações, que normalmente chamamos de crise, mas que em absoluto significam algo negativo.
O mal vivenciamento destas crises é que pode ser prejudicial, acarretando o que se denomina luto patológico, um mal que deve ser evitado."

"É preciso assegurar a qualidade da duração.

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