segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cientistas conseguem conter sintomas de Alzheimer em ratos

Cientistas alemães conseguiram conter os sintomas do mal de Alzheimer em animais de laboratório, informaram nesta segunda-feira fontes da empresa Probiodrug AG em Halle, na Alemanha.

De acordo com essas fontes, os pesquisadores utilizaram um novo agente, capaz de frear em 80% o desenvolvimento dos sedimentos de proteínas típicos da doença no cérebro de ratos de laboratório.
Os próprios pesquisadores são cautelosos sobre se esse mesmo procedimento poderá ser utilizado em seres humanos e advertem de que o desenvolvimento desses estudos poderia se prolongar durante anos.
Os cientistas usaram um tratamento inovador, cujo objetivo era detectar o mais rápido possível os sintomas da doença para conseguir tratá-la em seus primeiros estágios, informou Hans-Ulrich Demuth, um dos pesquisadores da equipe.
O mal de Alzheimer é uma doença até agora sem cura, e que é causada pelo depósito de certas proteínas no cérebro.A equipe de Demuth descobriu uma enzima que desencadeia o desenvolvimento de alguns sedimentos especialmente nocivos no cérebro dos animais.
O bloqueio desta enzima, com um agente experimental, faz com que posteriormente cheguem a se desenvolver menos placas de Alzheimer no cérebro desses ratos.
Os cientistas esperam que a descoberta contribua às pesquisas para combater o Alzheimer, doença que afeta cerca de dois milhões de pessoas em todo o mundo.
A equipe de Demuth, cujas pesquisas foram publicadas pela revista "Nature Medicine", explicaram ainda que os roedores submetidos a esta experiência suportaram sem problemas por até dez meses o tratamento.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

PARKINSON on line

Tudo que voce quizer saber sobre doença de parkinson utilizando
um canal ON LINE com médicos, voce pode acessar o site abaixo
e com certeza terá os esclarecimentos necessários.....
Conheça a diferença de Mal de Parkinson e Parkinsionismo.










http://www.parkinson.med.br/

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Classificação Internacional de Doenças CID-10

Neste site abaixo voce pode pesquisar o código das doenças
tabela que é utilizada pelo DATASUS.














http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/webhelp/cid10.htm

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Doença de Parkinson e Parkinsonismo

O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é uma afecção neurodegenerativa que se manifesta clinicamente através dos seguintes sintomas: tremor de repouso, rigidez muscular, lentidão de movimentos e alterações da marcha e do equilíbrio.
A doença desenvolve-se quando neurônios de certa área do cérebro denominada substância negra morrem ou tornam-se não funcionantes. Esses neurônios produzem uma substância chamada dopamina, que é um importante mensageiro químico, ou neurotransmissor.
Costuma aparecer depois dos 60 anos mas 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40.A doença de Parkinson é hereditária?
Na grande maioria dos casos a doença de Parkinson não é hereditária, isto é, não é transmitida de uma geração a outra através de determinado gene. Entretanto, pessoas que tenham algum parente próximo afetado apresentam probabilidade um pouco maior de desenvolverem a doença.
Não se sabe ao certo a razão para que isso ocorra mas admite-se que características genéticas possam aumentar a suscetibilidade à doença. Por outro lado, em algumas famílias a doença pode ser hereditária e alguns genes responsáveis (como o gene da alfa-sinucleina) já foram identificados.Qual é a causa da doença de Parkinson?
O motivo pelo qual neurônios da substância negra degeneram e morrem ainda não foi esclarecido.
Os cientistas costumam considerar duas hipóteses principais: a hipótese ambiental e a hipótese genética e é provável que ambos os fatores sejam determinantes para o desenvolvimento da doença.
As pesquisas para se conhecer os mecanismos celulares envolvidos no processo de neurodegeneração têm avançado bastante nos últimos anos.Qual a diferença entre doença de Parkinson e parkinsonismo?
Doença de Parkinson e parkinsonismo não são sinônimos.
Parkinsonismo é um termo genérico que designa uma série de doenças com causas diferentes e que têm em comum a presença de sintomas parkinsonianos (ou seja, aqueles sintomas encontrados na doença de Parkinson).
A doença de Parkinson é uma das muitas formas de parkinsonismo e também a mais freqüente. Corresponde a cerca de 75% de todas as formas de parkinsonismo.
Como não se conhece a causa da doença de Parkinson, ela é também chamada de parkinsonismo primário.
Depois da doença de Parkinson, as formas mais freqüentes de parkinsonismo são: parkinsonismo secundário, parkinsonismo atípico e parkinsonismo associado a outras doenças.
Porque certos medicamentos podem causar sintomas de parkinsonismo?Algumas substâncias possuem a capacidade de bloquear a ação da dopamina.
Em certas situações, mesmo pessoas normais quando expostas a essas substâncias em dosas altas e por tempo prolongado podem manifestar sintomas de parkinsonismo.
Essa é uma forma de parkinsonismo secundário denominada parkinsonismo medicamentoso.
A retirada da medicação responsável resulta no desaparecimento dos sintomas mas isso pode levar semanas a meses para ocorrer.
Esses medicamentos devem ser utilizados com cautela e nunca devem ser utilizados por quem tem a doença de Parkinson pois a condição tende a se agravar (clique para ver a relação desses medicamentos).
Quais os tipos de tratamento atualmente disponíveis?
As várias formas de tratamento são utilizadas visando a melhora dos sintomas.
Na maior parte dos casos, o tratamento farmacológico (que utiliza medicamentos) associado ao tratamento não farmacológico (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional) costumam ser suficientes para melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.
Em algumas situações especiais, o tratamento cirúrgico pode ser empregado.Quais os medicamentos mais utilizados?
A escolha dos medicamentos ou da combinação de medicamentos vai depender de vários fatores que incluem: idade do paciente, tempo de doença, estágio da doença, sintomas predominante, tolerância individual, entre outros.
As seguintes classes de medicamentos são utilizadas:
Levodopa (associada a inibidor da descarboxilase) Agonistas Bromocriptina Pergolida Lisurida Pramipexol Ropinirol Piribedil
Inibidores da MAO-B
Selegilina
TolcaponeEntacaponeAmantadinaAnticolinérgicosBiperidenoTrihexifenidil
Quais são os tipos de cirurgia atualmente empregados?
Existem dois tipos de procedimentos cirurgicos: cirurgia ablativa e estimulação cerebral profunda.
Nos dois casos, a parte do cérebro que vai ser operada depende dos sintomas predominantes mas atualmente os alvos preferenciais são o globo pálido e o núcleo subtalâmico.
A estimulação cerebral profunda é realizada através da introdução de um eletrodo no cérebro. Esse eletrodo fornece uma corrente elétrica contínua que melhora os sintomas da doença e reduz os efeitos colaterais da medicação (principalmente as discinesias).
Pode melhorar a rigidez, o tremor e a velocidade dos movimentos.
Esse tipo de cirurgia representa um grande avanço no tratamento cirúrgico mas seu custo ainda é muito alto e sua realização ainda é pouco difundida em nosso meio.
Quem pode se beneficiar da cirurgia?
O paciente ideal é aquele que durante vários anos apresentou boa resposta à medicação mas que passou a desenvolver complicações decorrentes do tratamento tais como o fenomeno on-off e as discinesias (movimentos involuntários anormais) e que não podem ser controlados clinicamente. Pacientes com outras formas de parkinsonismo ou que tenham alterações cognitivas importantes (demência) não devem ser operados.
O que são transplantes de células?
As técnicas de transplante de células têm como objetivo introduzir um grupo de células em determinadas partes do cérebro.
Se essas células puderem multiplicar-se, outras células que desapareceram no curso de um processo degenerativo poderiam, teoricamente, ser substituídas.
Tentativas de substituir células dopaminérgicas na doença de Parkinson têm sido feitas com resultados variáveis.
Pacientes mais jovens parecem beneficiar-se mais do que os mais velhos mas mesmo assim as novas conexões formadas não são necessariamente parecidas com as originais e os resultados ainda são insatisfatórios.
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer (DA) pronuncia-se (AU-ZAI-MER) é uma doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando:diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações comportamentais.
Definida por muitos como “mal do século”, “peste negra”, “epidemia silenciosa” etc. a DA é ainda pouco conhecida em nosso meio e tem efeito devastador sobre a família e o doente.
Tida como uma doença rara, conhecida erroneamente como “esclerose” pela população em geral, a doença de Alzheimer representa para a comunidade sério ônus social e econômico.
A DA pode manifestar-se já a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial. Existem relatos não documentados de DA aos 28 anos de idade.
Nos EUA, 70 a 80% dos pacientes são tratados em seus domicílios, demonstrando com clareza a importância da orientação para a família nas questões relativas aos cuidados e gerenciamento desses pacientes. O restante dos doentes está sob os cuidados de clínicas especializadas. 60% dos residentes em asilos apresentam alguma forma de demência.
Os sintomas mais comuns são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, desorientação têmporo-espacial, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação.
O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença.
Na fase final o paciente torna-se totalmente dependente de cuidados.

ASPECTOS ECONÔMICO-SOCIAIS
Por ser uma doença crônica de evolução lenta (podendo durar até 20 anos) e somando-se o fato de que, nas fases avançadas, o paciente torna-se completamente dependente, incapaz por si só de alimentar-se, banhar-se ou vestir-se.
O impacto econômico sobre a sociedade é considerável.
Dados estatísticos demonstram que nos EUA, em 1986 foram gastos de 25 a 40 bilhões de dólares. Outras estimativas, como a de Stone, prevêem cifras astronômicas de 720 bilhões de dólares em 2030, baseando-se em 7% de inflação anual, com crescimento de 22% de população com mais de 60 anos.
Atualmente a DA custa a cada ano à sociedade norte-americana cerca de 100 bilhões de dólares, sendo que o governo arca com pouco mais de 10 bilhões.
Isto quer dizer que mais de 90 bilhões de dólares são gastos pelos pacientes e suas famílias em exames complementares e cuidados prestados diretamente ao paciente.
Cerca de 4 milhões e 500 mil de americanos, atualmente, são portadores de DA, que é responsável por 100.000 óbitos por ano sendo a quarta causa de morte em adultos.
Estima-se que no ano 2040, 12 a 14 milhões de americanos serão portadores de doença de Alzheimer.
O número de pacientes no Brasil é estimado em 1 milhão e 200 mil e de 18 milhões no mundo.
Em função do envelhecimento mundial global esse número aumentará dramaticamente e ,em 2025, serão 34 milhões de portadores sendo 2/3 em países em desenvolvimento.
Como se trata de doença que acarreta grande impacto no seio familiar e estimando-se em média 3 familiares direta ou indiretamente envolvidos, o número assustador de mais de 13 milhões de pessoas nos EUA são de alguma forma atingidos por essa verdadeira epidemia.
Devido a essa abrangência, a doença de Alzheimer ultrapassa as fronteiras da medicina, para se converter num problema de ordem econômico-social, com particular e especial repercussão no núcleo familiar.
No Brasil, não temos dados estatísticos concretos sobre a doença, porém podemos afirmar que a presença da doença de Alzheimer também é significativa em nosso país atingindo cerca de 1 milhão e 200 mil brasileiros.
Sabe-se que, a partir dos 65 anos, de 10 a 15% dessa população será afetada e que a partir dos 85 anos, praticamente a metade dos indivíduos apresentará a doença.
Sabendo que a família média brasileira é composta de 3 a 4 pessoas, somos remetidos a cifras assustadoras, uma vez que desse modo a doença de Alzheimer atinge direta ou indiretamente mais de 4 milhões de indivíduos no nosso pais.
Esse contingente enorme de pacientes indefesos e dependentes de cuidados diuturnos cresce constantemente e inexoravelmente devendo merecer especial atenção das autoridades responsáveis pela saúde pública.
Negar esses dados é negar a realidade.
As alterações geradas dentro da família são de tal dramaticidade que se impõe à necessidade urgente de se implementarem medidas de apoio, tanto para o doente como para seus familiares.
Ao contrário de certos países europeus e nos EUA, não temos planos para o enfrentamento dessa grave questão. Apenas algumas iniciativas tímidas e isoladas têm sido verificadas.
Só nos EUA existem mais de 1.000 grupos de suporte familiar oficiais e 207 associações com ações regionais.